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Duetos Pantanal estreia no YouTube: assista à conversa entre Lalo de Almeida e Luciano Candisani  

Moderação foi da jornalista Rita Marrafa de Carvalho.

“Água Pantanal Fogo” ocupa a maior sala do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa. Imagens: Líbia Florentino

Luciano Candisani, Lalo de Almeida e Rita Marrafa de Carvalho no Duetos Pantanal

O Duetos Pantanal – Artivismo começou com uma conversa sobre água. A fonte da vida é também o manancial de inspiração da ideologia que move o trabalho de Luciano Candisani, coprotagonista desta edição especial do evento cultural do Fórum de Integração Brasil Europa (FIBE). Metade dos painéis expostos até 6 de julho no Museu Nacional de História Natural e da Ciência até 6 de julho é dele. A outra metade é de autoria de Lalo de Almeida, com curadoria de Éder Chiodetto. O talento dos três forma a exposição ocupada pelo Duetos, intitulada Água Pantanal Fogo, de realização do Documenta Pantanal  

Assista aqui ao Duetos Pantanal na íntegra

“Água Pantanal Fogo” foi aberta ao público em 16 de abril.
Éder Chiodetto: um olhar convertido em exposição.

«A ligação da água com a vida foi, na verdade, o que me fez pegar na câmara fotográfica como forma de expressão», respondeu Luciano Candisani à jornalista portuguesa Rita Marrafa de Carvalho, moderadora do Duetos Pantanal. «Me encantei com o mundo subaquático na adolescência, com 14 anos de idade, e peguei essa ferramenta para compartilhar o encantamento com esse universo que eu estava descobrindo. E aquilo acabou virando a minha profissão. Em 2010, quando comecei a fotografar a água do Pantanal, quase não se tinha imagens desse universo subaquático. Imagine aquele aguaceiro colossal, e qual era a identidade visual daquela água? Abracei esse projeto», contou.  

Vitalino Canas revela imagem mais emocionante

Quando o Pantanal foi quase mais fogo do que água, em 2020, Lalo de Almeida deu foco à morte de milhões de animais e da vegetação nativa, num incêndio de grande intensidade. Uma área de quase 45 mil quilômetros quadrados foi queimada, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Lalo de Almeida achava que denunciaria aquela devastação “apenas” num jornal.  

«O foco principal do meu trabalho sempre foi a Amazónia, mas em 2020 começaram as notícias de que os focos de incêndio estavam tomando conta do Pantanal. Entre uma viagem e outra para a Amazónia, o jornal Folha de S. Paulo nos enviou para Poconé, no Mato Grosso, e chegando à região dos incêndios a base já estava sendo evacuada», lembra. «Foi um susto, mas os incêndios acabaram me levando ao Pantanal, que estava abandonado a si próprio».

Lalo de Almeida comparou o padrão dos fogos no Pantanal e na Amazónia. «O Pantanal é menor e, como fica muito seco, tem fogo em pé, na Amazónia, não. No Pantanal, o fogo tem uma intensidade e uma velocidade que nunca tinha visto, que destrói a vegetação e deixa muitos bichos mortos no caminho. É chocante».

Mônica Guimarães: «informação é ação»

O artivismo do curador Éder Chiodetto foi o olhar apurado de jornalista e fotógrafo que uniu os trabalhos de Luciano e Lalo. O de Mônica Guimarães, coordenadora do Documenta Pantanal, é de documentar para transformar «informação em ação» em prol deste bioma brasileiro e da amenização da crise climática. Os quatro, juntos em Água Pantanal Fogo, têm levado este manifesto ao mundo: a exposição foi vista por 15 mil pessoas em São Paulo e 16 mil pessoas em Hamburgo, onde estreou em fevereiro e ficou até dez dias antes de chegar a Portugal. Um dos visitantes impactados é o presidente do FIBE, Vitalino Canas.  Todos prestam depoimentos incontornáveis neste Duetos Pantanal.

Assista aqui ao Duetos Pantanal na íntegra: