Teresa Ter Minassian, consultora sênior do BID, esteve na abertura do II Fórum Futuro da Tributação em Lisboa, com a presença do ministro Gilmar Mendes (STF).

“A automatização com a adoção da IA (Inteligência Artificial) e a promessa de melhorar a produtividade pode criar desafios no mercado de trabalho, com a substituição dos trabalhadores pela IA. É impossível dizer, neste momento, até que ponto isso vai afetar aspectos como a produtividade”, afirmou Teresa Ter-Minassian, consultora sênior do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ex-diretora do Departamento de Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O keynote speach da economista abriu o primeiro dia de painéis do II Fórum Futuro da Tributação, com o temaTendências do Futuro da Tributação no Mundo ). “Se a substituição dos trabalhadores por robôs afetou os trabalhadores com rendimentos mais baixos, a IA ameaça trabalhadores com rendimentos e qualificações mais altas”, disse. A economista apontou que os efeitos negativos do uso da IA no mercado de trabalho precisam ser analisados: “Temos que ver até que ponto [o uso da IA] afeta os impostos e a despesa pública.”
Em sua apresentação, a economista Teresa Ter Minassian também abordou os níveis da dívida pública mundial durante a pandemia de covid-19. “Tendo em conta a dívida pública elevada, existe a necessidade de mobilização de capital adicional. Há uma necessidade de ter receitas adicionais”, afirmou. Reforçar a qualidade do intercâmbio de informação entre várias instituições internacionais foi um dos desafios citados, assim como a taxação dos super-ricos, os criptoativos, a explosão do e-commerce e as novas formas de trabalhos não tradicionais.
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