As licenças, os seguros obrigatórios, os altos custos com policiamento e limpeza têm lançado sombra sobre o brilho incontestável dos blocos de rua brasileiros no Carnaval de Lisboa. A manifestação, que é histórica, cultural e política para a maior comunidade de imigrantes radicada na capital portuguesa, conforme dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, tem atraído a multicultural audiência europeia também e inspira a nova edição do Duetos – Diálogos Além-Mar.
A conversa entre a brasileira diretora-fundadora do Colombina Clandestina, Andréa Freire, e o deputado Municipal português Vasco Barata (BE) estreia-se no YouTube do Fórum de Integração Brasil Europa – FIBE neste 9 de fevereiro, véspera do desfile dos blocos de rua pelas ladeiras lisboetas. “A gentrificação não afeta apenas a habitação. Lisboa também vive a gentrificação do espaço público”, opinou Andréa Freire, ao comentar as dificuldades burocráticas enfrentadas pelos blocos brasileiros, que “aumentam a cada ano, desde 2020”.