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Pesquisa inédita revela opiniões de brasileiros e portugueses no ano do Bicentenário da Independência

A pesquisa “Bicentenário da Independência” foi realizada com 1.600 residentes nos dois países, a partir de uma iniciativa do FIBE junto aos parceiros IPESPE e Pitagórica.


No ano da passagem dos 200 anos da Independência, brasileiros e portugueses dividem as
preocupações sobre condições de vida mais favoráveis, acesso à saúde e a expectativa por uma
sociedade menos desigual com justiça social. Estas foram algumas questões abordadas pela pesquisa
inédita “Bicentenário da Independência”, realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e
Econômicas (IPESPE) pela Pitagórica, com o apoio do Fórum de Integração Brasil Portugal (FIBE) e
com o patrocínio da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).


O inquérito foi apresentado durante o Fórum Independência com Integração, promovido pelo FIBE,
durante os dias 5 e 6 de setembro na Casa da América Latina, em Lisboa, pelo sociólogo e cientista
político Antônio Lavareda, do IPESPE, e por Nuno Santos, CEO da Pitagórica. Realizado entre os dias
9 e 21 de agosto, o estudo estabeleceu uma amostra de 800 residentes do Brasil e outros 800
nacionais portugueses, que foram entrevistados a partir de chamadas telefônicas e responderam as
questões através de plataforma online. Ao serem questionados sobre os 200 anos da Independência
do Brasil, apenas 48% dos brasileiros responderam saber sobre a efeméride, enquanto entre os
portugueses, 49% estavam cientes sobre o 7 de setembro.

Por outro lado, houve uma grande diferença de percepções recíprocas: enquanto 61% dos
brasileiros veem Portugal como oportunidade para melhorarem de vida; 53% dos portugueses
identificam o Brasil, basicamente, como destino turístico. Um dos dados relevantes refere-se às
consequências da escravidão na atualidade: 75% dos brasileiros e 58% dos portugueses afirmaram
que as consequências da escravidão de negros e indígenas durante a colonização podem ser sentidas
até hoje.

Quanto questionados sobre os brasileiros constituírem a maior comunidade estrangeira residente
em Portugal, em ambos os países predomina com mais de 60% uma visão favorável da imigração de
brasileiros para Portugal. Contudo, dois em cada dez portugueses consideram este como sendo um
bom contexto para os brasileiros, mas ruim para o seu país: a opinião é partilhada com mais
frequência entre aqueles com idade entre 18 e 34 anos (24%) e dos 35 aos 54 anos (26%).

“É um estudo absolutamente original, jamais havia sido feito uma reflexão com dados empíricos
sobre a percepção de brasileiros e de portugueses em relação a como se veem e de que forma
compreendem o relacionamento entre os dois países ao longo da história”, avaliou o cientista
político Antônio Lavareda, do IPESPE, durante entrevista ao FIBE que pode ser visualizada em nosso
canal do Youtube
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