Economista Jaime Quesado esteve no terceiro painel do 2º Foro Transformaciones em Madrid, com os professores Virgílio Almeida e Joaquín Sarrión Esteve.


A falta de humanos em fábricas, como a da Xiaomi; o receio da perda de privacidade; a crença na democracia; o aumento da desinformação e a percepção de não saber a realidade dos fatos foram alguns dos pontos elencados pelo professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Virgílio Almeida, no painel Digital en Choque: ¿Innovar, Estandarizar y Gobernar? neste primeiro dia 2º Foro Transformaciones, em Madrid.
Moderado pela Diretora de Relações Externas da Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB), Cristina Manzano, tratou principalmente do impacto da IA generativa no mercado de trabalho e no aumento da desinformação na sociedade. A questão da verdade também foi comentada pelo economista Jaime Quesado, que utilizou como exemplo o apagão que houve em Portugal e na Espanha, no dia 28 de abril, em que a população portuguesa disseminou uma série de fake news: “A primeira foi de que tinha ocorrido um ataque cibernético da Rússia. Felizmente, conseguiu-se demonstrar que não era verdade, mas isso mostra como somos incapazes de definir o que é e o que não é verdade”.
O papel da universidade na formação das novas gerações foi abordado por Joaquín Sarrión Esteve, professor da Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED). “É preciso levar em conta que a nossa vida online é uma dimensão que existe hoje em dia paralela a nossa vida offline. Toda liberdade tem uma dimensão digital”, disse. Sarrión Esteve contou que agora os cursos de graduação, mestrado ou doutorado tentam formar os estudantes para a sua profissão específica levando em consideração as inovações tecnológicas.

“Antes era muito importante memorizar e agora já não é. (…) Os alunos hoje em dia já não querem apenas um diploma porque isso não garante conhecimento. Os alunos estão interessados em formações especializadas mais práticas e rápidas”, afirmou. “Hoje, todos os estudantes estão usando IA regenerativa para qualquer tipo de trabalho, de projeto. Todo mundo usa, mas temos que ser responsáveis porque quem assina o trabalho somos nós”, concluiu o professor.