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Carlos Moedas diz a prefeitos brasileiros que “Lisboa deve muito ao Brasil” 

Presidente da Câmara Municipal recebeu os prefeitos brasileiros presentes na missão Smart Cities, da FNP com o FIBE.  

Missão Smart Cities na Câmara Municipal de Lisboa. Imagem: Raquel Lima/FIBE

“O Brasil pode ficar melhor com Portugal e Portugal pode ficar maior com o Brasil”. A frase do prefeito Gustavo Henric Costa, presidente da Câmara Municipal de Guarulhos, em São Paulo, resume o sentimento da segunda missão Smart Cities da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos – FNP com o Fórum de Integração Brasil Europa – FIBE.  Sete cidades brasileiras, sendo três capitais, foram representadas em visitas técnicas a cidades portuguesas, durante sete dias, entre 6 e 13 de maio.   

Prefeito de Guarulhos e a comitiva da missão da FNP. Imagem: Raquel Lima/FIBE

“A nossa missão é exatamente aquilo que fizemos com o apoio a essas prefeitas e prefeitos do Brasil: apoiarmos os interesses brasileiros. Os interesses de projeção do Brasil fora do Brasil, sobretudo na Europa, apoiando o encontro de ideias, o estudo mútuo, conhecimento mútuo”, destaca o presidente do FIBE, o especialista em Direito Constitucional Vitalino Canas.  

Lisboa foi a penúltima parada da comitiva, formada pela prefeita Cinthia Ribeiro (Palmas/TO) e pelos prefeitos Daniel Alonso (Marília/SP); Donatinho (Santa Bárbara do Tugúrio/MG), além do prefeito de Guarulhos. Na capital portuguesa, os gestores municipais – junto também a representantes das cidades de Candeias (BA), Ituiutaba (MG), Niterói (RJ), Ribeirão Preto (SP) e São Luís (MA) – foram recebidos pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.    

Smart Cities na UCCLA. Imagem: Líbia Florentino/FIBE

“É um prazer estar aqui convosco a receber estes prefeitos do Brasil, porque Lisboa também é brasileira. É uma cidade cosmopolita, muito internacional, em que 20% da população é estrangeira. E o Brasil é a nossa maior comunidade, portanto, Lisboa deve muito Brasil, àquilo que tem sido a influência cultural, culinária, de vida e de alegria”, comentou Carlos Moedas, direto do Paços do Concelho de Lisboa, onde Portugal foi proclamada como República, em 5 de Outubro de 1910.    

Reunião de avaliação na UCCLA. Imagem: Líbia Florentino/FIBE

Como a ideia da Smart Cities é compartilhar as políticas públicas de Portugal com os gestores brasileiros, Moedas também comentou a grande ação de mobilidade urbana adotada pelas 17 cidades da Grande Lisboa. “É importante que a política seja metropolitana e que a mobilidade seja vista como um ecossistema. Sobretudo, é preciso levar as pessoas aos transportes públicos, isto é, levar as pessoas a irem trabalhar, não nos seus carros, mas no transporte público. Todas as cidades do concelho de Lisboa funcionam da mesma maneira, com um passe único. Trabalhamos não só para reduzir o preço, porque isso é importante, mas também ter mais autocarros elétricos ou a gás, em vez de gasóleo (ou gasolina), para mais sustentabilidade”, completou.  

Presidente do FIBE, Vitalino Canas, e prefeito de Marília, Daniel Alonso. Imagem: Líbia Florentino/FIBE

Com um projeto parecido, Goiânia aprofundou-se no tema mobilidade. “Temos muitas semelhanças, não é? E os projetos estão sendo executados. Então, esse tipo de missão é uma oportunidade de aprender, com os erros e acertos; com a troca de experiência”, reforçou Tarcísio Abreu, presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) de Goiânia/GO. Destaque também para a agenda na UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, na Casa da América Latina, com o embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Artur Silva, e representantes das embaixadas de Angola e São Tomé e Princípe, bem como do Secretário-geral da UCCLA, Vitor Ramalho. 

INTERIOR  

Missão de 7 dias contemplou também polos do interior. Imagem: FNP

Antes de Lisboa, os prefeitos e prefeitas passaram por Aveiro, Porto e Braga, onde projectos de infra-estrutura e turismo chamaram a atenção. “Braga tem dois mil anos de história e um passado histórico que se mistura com a própria trajetória da fundação de Portugal. Contudo, traz aspeto acolhedor e vem crescendo em setores que nós também estamos crescendo em Marília”, considerou Daniel Alonso, prefeito de Marília (SP). 
 

As experiências das políticas públicas com as quais nós tivemos contato seguem connosco. Portugal está no caminho certo. No sentido dos investimentos em tecnologia, educação, inovação e turismo. É essa troca, essa integração que levamos para as nossas cidades. Essa é uma missão que nos tornou mais sábios. E eu quero aqui destacar essa relação emocional entre o FIBE e a FNP, que tem feito a diferença para nós no Brasil”, conclui. 

Imagem: FNP

O último destino da missão foi Oeiras, onde a missão visitou o Oeiras Valley e o Taguspark. A Smart Cities teve ainda as participações de Eduardo Mantoan, deputado estadual no Tocantins; Bruno Gersosimo, secretário de Administrações Regionais de Guarulhos/SP; Carlos Soler, secretário de Desenvolvimento Urbano de Guarulhos/SP; Alex Viterale, secretário de Educação de Guarulhos/SP; Katherine Azevedo, secretária do Escritório de Gestão de Projetos de Niterói/RJ; Mateus Quintão, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Niterói/RJ; Tarcísio Abreu, presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) de Goiânia/GO; Levi Oliveira, chefe de Gabinete de Marília/SP; Mila Jaber, secretária de Planejamento e Desenvolvimento Humano de Palmas/TO; Antônio Trabulsi, secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Palmas/TO; Gustavo Bottós, secretário da Casa Civil de Palmas/TO; Mauro José Ribas, procurador-geral do município de Palmas/TO; Verônica Pires, secretária de Inovação, Sustentabilidade e Projetos Especiais de São Luís/MA, e o jornalista convidado Guilherme Oliveira, vencedor da primeira edição do Prêmio FNP de Jornalismo. 

“Já é o segundo ano consecutivo que apoiamos a realização dessa missão porque acreditamos que, obviamente, também os portugueses têm que aprender com aquilo que se faz no Brasil – a maior potência do Atlântico Sul, onde há projetos muito progressivos, e aqui estamos a ajudar nesse encontro entre os nossos países. Portugal fica maior com o Brasil”, finaliza Vitalino Canas. 

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